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MAPA MUNDO INTERACTIVO

06 janeiro 2007

Da terra Inca à Mapuche

30-11

Cuenca é a terceira maior cidade do Equador, e faz concorrência a Quito, quando se fala em arquitectura colonial bem preservada. Quito ganha em termos de grandiosidade, e Cuenca em termos de beleza. A sua principal exportação são os chapéus de panamá, ou Montecristi. Por aqui damos umas voltas pelo centro histórico e vivemos um pouco a cidade. Vamos ainda ao P. N. Cajas, e fazemos um trekking de cerca de 4 horas por lá. O parque situa-se maioritariamente entre os 4000 e os 4500 m.s.n.m., e é constituido por 235 lagoas de origem glaciar e fantásticos bosques de quinua (Polylepus), ou árvore de papel, cujos troncos se desfazem em inúmeras camadas (como o bolo mil folhas). Esta é a única espécie de árvore no mundo que sobrevive a tal altitude, e entrar num bosque destes é como viver uma cena de um conto de fadas.

04-12

Seguimos para Puerto Lopez, uma pequena e simpática vila piscatória, localizada na proximidade do P. N. Machalilla. Para além da parte continental, o parque inclui ainda a Isla de la Plata. Reza a história que o pirata ¿Sir? Francis Drake enterrou nesta ilha tesouros saqueados aos espanhois, fruto das suas investidas à apetecivel Cartagena. Realidade ou ficção, só as aves que habitam a ilha o saberão! Picadeiros de patas azuis, de patas vermelhas, mascarados, fragatas, pelicanos. Entre Abril e Outubro podem-se ver albatrozes por aqui e entre Junho e Setembro, a observação de baleias é garantida. Para além disso, o snorkeling nas barreiras de coral é uma grande atracção. Por tudo isto, esta pequena ilha é denominada "pequena Galápagos", ou "Galápagos dos pobres"! No dia seguinte visitámos a parte continental do parque durante a manhã. À tarde, às 14:45h, sentei-me num bar, pedi umas cervejas e vi em directo o Manchester United - Benfica...

07-12

Seguimos para Guayaquil, onde às 11:30h apanhamos um autocarro de 24 horas que nos vai levar até Lima, Peru.

ESPECIAL EQUADOR

À escala da grande parte dos países da América do Sul, o Equador é minúsculo! No entanto a diversidade de ecossistemas é enorme: um dia podemos estar a apanhar banhos de sol na costa do Pacífico, no outro a ascender um vulcão de 5000m, e no terceiro dia a suar e enxutar mosquitos do cu no meio da selva tropical! Há de tudo para todos os gostos! A nossa viagem foi feita maioritariamente pelos Andes centrais, corremos toda a "Avenida dos Vulcões", tomámos banhos nas águas aquecidas pelo magma, fizemos trekkings fantásticos, andámos pelos mercados de artesanato andinistas! É provavelmente o país sul americano onde se pode ver mais em menos tempo!

08-12

Chegamos a Lima, alojamo-nos e compramos um bilhete de avião que nos leva a Tacna no dia seguinte. Temos o objectivo de entrar no Chile e descer até à Patagónia, uma vez que em Dezembro começa a época das chuvas no Peru e Bolivia, mas também começa o verão na Patagónia, que seria insuportavelmente fria noutra época que não os meses de Janeiro e Fevereiro!
Aterramos em Tacna, passamos a fronteira para o Chile, e apanhamos um autocarro para Calama. Aqui visitamos a maior mina de cobre a céu aberto do mundo, Chuquicamata, com uma exportação anual de cerca de 1 milhão de toneladas. Cada um destes pequenos camiões de transporte pode carregar até 400 ton, e tem uns pneus com 3 metros de diâmetro.


12-12

Chegamos a S. Pedro de Atacama, uma vila cujas casa são construídas em adobe, imensamente turística. Todos os dias chegam largas dezenas de gringos, e é impressionante a concentração de hotéis, bares, restaurantes e agências de organização de tours. Deverá ser uma das maiores densidades em todo o mundo. E não é para menos! San Pedro está estrategicamente localizada, bem perto das melhores paisagens do norte do Chile, junto ao deserto de Atacama. Conhecemos o vale da lua, chamado assim devido à sua semelhança com a superfície da lua, originada pelos milhões de anos de erosão. Com o pôr do sol, a paisagem transforma-se, num jogo de sombras e cor fantásticos. No dia seguinte, saímos às 04:00h em direcção aos geysers El Tatio! Os geysers estão localizados a uma altitude de 4320m, o mais alto parque de geysers do mundo, e o nascer do sol é a melhor altura para os ver. O frio de rachar a esta hora permite-nos caminhar através de um gigantesco banho de vapor. Visitamos ainda o salar de atacama. Com uma superfície de 320.000 ha, este deserto salgado foi provavelmente uma lagoa de água salgada, formada após a elevação da cordilheira dos Andes à sua volta.

17-12

Chegamos a Santiago, após 20 horas dentro de um autocarro. A sensação é a mesma de chegar a uma capital europeia. A cidade é moderna e organizada, e os preços disparam, em comparação com o resto dos países da América do Sul. A vida no Chile é cara, caríssima, e por isso não podemos ficar muito tempo por aqui! Vamos cruzar os Andes e passar para a Argentina e voltar ao Chile as vezes que forem necessárias para visitar locais de interesse.
Em Santiago caminhamos pelo centro, vamos à casa-museu do Pablo Neruda, ao museu de arte pré-colombino. Visitamos ainda Valparaiso, uma cidde recentemente considerada património da UNESCO, merecido pelas suas colinas e sistema de elevadores que alternam entre a cidade moderna e a cidade velha. Por aqui visitamos outra casa-museu de Pablo Neruda, La Sebastiana. Em Santiago voltamo-nos a encontrar com a Silvia, que ficou no Peru a conhecer Machu Pichu, Lago Titicaca e Cañon del Colca.

22-12
Cruzamos os Andes. São paisagens fantásticas vistas através da janela de um autocarro. Chegamos a Mendoza, já do lado argentino. Mendoza intitula-se capital do vinho, e para além disso, o principal ponto de interesse é a sua proximidade do Aconcagua. É aqui que vamos passar o Natal. Ficamos num bom hostal, com óptimas zonas comuns e uma boa cozinha. O cardápio é português: bacalhau à gomes de sá, pasteis de bacalhau, cabrito, rabanadas, arroz doce, ¿gelatina?, e tudo acompanhado de um belo vinho argentino. Apesar de estarmos afastados de casa e da família, a comida sabe um pouco ao nosso belo Portugal! À meia-noite trocamos os presentes!
Passamos o dia de Natal a recuperar da noite anterior e a comer as sobras do jantar! Não fizémos rigorosamente nada!

26-12

Iniciamos um trekking de 3 dias até ao campo base do Aconcagua, o pico mais alto do continente americano, com 6962 m.s.n.m. As paisagens são fantásticas, os Andes não nos deixam ficar mal. A organização do Parque é exemplar: existe um helicóptero permanente e várias tendas médicas nos campos base e avançados. Acabamos por usufruir deste serviço, uma vez que a Tânia fez um pequeno entorse no pé, resultado de uma queda aparatosa!
Nos meses de verão, os caminhantes e andinistas são aos milhares, não é por menos, estar sobre uma montanha tão imponente é uma recordação para a vida. O que também é impressionante é o cemitério de andinistas, que guarda as memórias de vários corajosos que perderam a vida a tentar conquistar o cume do Aconcagua. Os corpos de muitos deles ainda se mantém perdidos no meio das neves perpétuas.

29-12

Chegamos a San Carlos de Bariloche, a estância de ski mais famosa da América do Sul. Temos visitas: O nuno e a Ana vêm ter connosco! E o Nuno já pela segunda vez, após o nosso encontro em Manaus. Foi reconhecido como membro honorário da "expedição"!!
Bariloche é como a "Suiça da América do Sul", as casas com telhados com águas de grande inclinação e as dezenas de lojas de delicioso chocolate indicam muita neve e frio durante o inverno. Estamos na zona dos lagos, e no início da Patagónia. O Parque Nacional Nahuel Huapi está bem próximo da cidade e foi o primeiro P. N. criado na Argentina. Vamos a um restaurante de Parrillada na passagem de ano, uma bela dose da excelente carne argentina regada com igualmente bom vinho. Depois da meia-noite e entrada em 2007 na companhia de vários turistas de distintas nacionalidades, vamos a um bar de tango onde tentamos dar uns humildes passos... não é nada fácil!!
Alugamos um carro, fazemos a estrada dos 7 lagos, várias horas por terra batida, à beira dos lagos!
Deixamos os nossos amigos partir em direcção a Buenos Aires. Soube bem ter visitas portuguesas. Pode ser que ainda nos encontremos mais tarde durante a viagem... quem sabe!?

05-01

Chegamos a Esquel, onde entramos numa viagem no tempo! Embarcamos no "La Trochita", o velhinho expresso da Patagónia...

08-01

Puerto Madryn é o proximo destino, porta de entrada da Península de Valdés!!