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MAPA MUNDO INTERACTIVO

19 fevereiro 2007

Quando foi a última vez que viste algo pela primeira vez?!

VEJAM OS LINKS ACIMA "INSTANTES" E "MOMENTOS", QUE CORRESPONDEM A FOTOS E FILMES, RESPECTIVAMENTE!!

No seguimento de inúmeras reuniões e a pedido de várias famílias, acordámos eleger, por unanimidade, a Ana Tem Tem ("pudu pudu") como membro honorário da expedição! Esta nomeação é mais que merecida, no entanto é condicional... fica sujeita a uma jantarada de celebração a qualquer latitude e em data a estabelecer! Adeus Ana...!!

09-01

A Península de Valdés é uma das reservas mais ricas da Argentina, em termos de fauna selvagem. Pinguins de Magalhães, lobos marinhos, elefantes marinhos, baleias, orcas, todos coabitam por aqui! É um deleite para nós, que normalmente só vimos este tipo de animais num zoo. Visitamos ainda Punta Tombo, uma reserva com cerca de 800.000 pinguins. Eles andam por todo o lado, e tão próximos que nos arriscamos a levar uma bicada! Fazemos ainda uma volta de barco para ver toninas, uma espécie de golfinho branco e preto único.

13-01

Chegamos a Sarmiento. Parece que decorre uma feira da tosquia dos cordeiros patagónicos! Resultado? Não há alojamento disponível! Ficamos então em casa de uma típica família argentina. Bebemos mate à noite na companhia de todos, um ritual que se repete por toda a Argentina. O pequeno-almoço também é maravilhoso e farto. Visitamos o museu local, o bosque petrificado, autenticas árvores cuja madeira foi substituída por pedra!

16-01

Ushuaia é o próximo destino. Para chegar lá, temos obrigatoriamente de cruzar a fronteira com o Chile, e voltar a entrar na Argentina. Entramos na Terra do Fogo, após passar o canal de Magalhães em Ferry. Ushuaia é, de facto, a cidade mais austral... da Argentina! A verdade é que cerca de 60 km mais a sul, localiza-se Puerto Williams, essa sim, a cidade mais a sul do mundo, no Chile! Apesar disso, Ushuaia ficou com a fama internacional, e é visitada por largos milhares de turistas todos os anos, enquanto Puerto Williams, realmente parece o verdadeiro fim do mundo! No entanto, não vamos lá! A discussão à volta do assunto entre Argentina e Chile, resulta na não existência de um transporte regular entre Ushuaia e Puerto Williams, e a cidade chilena mais próxima também é demasiado longe, o que faz com que o preço do transporte seja exageradamente alto!
Em Ushuaia fazemos uma caminhada pela costa do Parque Nacional Tierra del Fogo, damos um passeio de barco pelo canal Beagle, visitamos museus e deambulamos por esta cidade extremamente turística. É daqui o principal porto de partida para cruzeiros de 11 e 18 dias pela Antárctica. Uma viagem certamente única, cujo preço mais baixo, comprando o bilhete em Ushuaia e a poucos dias do embarque, "last minute ticket", é de US$3000!

23-01

Cruzamos para o Chile, um dia em Punta Arenas e rumamos a Puerto Natales. No dia seguinte entramos novamente na Argentina, chegamos a El Calafate! A cidade de El Calafate vive inteiramente do turismo. O Parque Nacional Los Glaciares alimenta toda a cidade, e não é para menos, é realmente fantástico! Como o próprio nome indica, o parque tem vários glaciares, e todos impressionantes. Fazemos uma viagem de um dia em barco pelos lagos glaciares e um minitrekking sobre o glaciar mais famoso e visitado do parque: o glaciar Perito Moreno. Terminamos a mini-caminhada de 2 horas pelo fantástico glaciar azul com um whiskey arrefecido com gelos centenários! Assistimos ainda a vários desprendimentos do glaciar (consegui filmar um deles, vejam-no!), e foi nesta altura que escutámos uma curiosa e interessante conversa entre o Zé Bigodes, o Manel da Pinga, e o Dr. Geo. Foi mais ou menos assim:

Zé Bigodes - Dasseee, granda cubo de gelo!
Manel da Pinga - É maior que o estádio do Dragon, carago!
Dr Geo - É uma glaciar! De facto é o maior glaciar em avanço do mundo, ou melhor, neste momento não está a avançar, porque grandes bocados de gelo estão continuamente a cair (um bocado do glaciar cai estrondosamente sobre a água e interrompe o Dr. Geo)
Manel da Pinga - Mas se isto está sempre a cair, daqui a pouco desaparece..
Dr. Geo - Alguns irão desaparecer em poucos anos. Este glaciar em particular mantém-se estável! O coração do glaciar é a zona de acumulação, onde a neve cai, e à medida que o peso aumenta, compacta até se transformar em gelo.
Zé Bigodes - Mas o que é que o empurra para se mexer tanto?
Dr. Geo - O peso da neve força o glaciar a mover-se para baixo. À medida que se desloca, o gelo derretido no fundo mistura-se com a pedras e solo, criando uma espécie de lubrificante que o faz avançar ainda mais. Todo o movimento cria várias fendas entre o gelo, chamadas crevasses.
Zé Bigodes - Aííí! Olha aqueles bocados azuis!!!
Manel da Pinga - Fonix!! Temos de engarrafar isto e levar pra Portugal pra vender!!
Dr. Geo (enquanto ajusta os óculos) - O gelo é azul porque está muito compactado, já não tem ar lá dentro, absorvendo todas as cores do espectro, excepto a azul, que reflecte. Se o gelo é branco, significa que é novo. Outro dado importante acerca dos glaciares, é que estes armazenam cerca de 75% da água potável do mundo.
Manel da Pinga - Zé, imagina que os cubos de gelo em todo o mundo se derretiam! (ambos olham para o céu e chegam à brilhante conclusão que talvez, talvez hoje o sol esteja suficientemente forte...)
Zé Bigodes - Vamos dar de frosques e vestir o fato de banho!

E foi assim!!! Vejam as fotos...

26-01

Vamos em direcção a El Chalten, onde fazemos uma caminhada de 3 dias à volta do cerro Fitz roy e cerro Torre, duas fantásticas formações graníticas célebres entre os escaladores de todo o mundo!

29-01

Voltamos a Puerto Natales. Aqui celebramos o 28º aniversário da Silvia, num restaurante bem catita! Nós três e a Anna, uma italiana que nos acompanha na viagem já há duas semanas. Comemos bem, bebemos ainda melhor! A Silvia sopra as velas e abre as prendas. Foram só coisas úteis para a próxima caminhada que vamos fazer, tais como toalhetes, chá, chocolates, etc, e ainda um bico da camping gaz e um recipiente para líquidos! No dia seguinte acordamos tarde e tratamos das compras para os sete dias no Parque Nacional Torres del Paine.

31-01

Mundialmente famoso, e provavelmente o mais visitado entre os amantes de trekking na América do Sul, o Parque Nacional Torres del Paine deve o seu nome às monstruosas torres de granito que dominam a paisagem. A rodeá-las, está o pico Paine Grande e os cornos de Paine, formações de base granítica e cabeça sedimentar, cuja fotografia é capa de livros por esse mundo fora.
Caminhamos sete dias, de acampamento em acampamento, percorrendo um circuito denominado "w"! Apanhamos chuva, frio, neve, muito vento, e uns momentos de sol que sempre surgiram quando precisávamos, para contemplar estas paisagens fantásticas! Foi no meio de glaciares e lagos que após 6 meses e meio de viagem, encontrámos o primeiro português mochileiro que está a fazer uma viagem semelhante à nossa, o Ricardo!! Visitem o seu blog: www.perdidonaprocura.blogspot.com

08-02

Entramos num barco que nos leva durante 4 dias através dos fjords patagónicos, até Puerto Montt. Transporta mercadorias! Uns contentores cheios de sabe-se lá o quê, e outros, abertos, apinhados de vacas, cavalos e ovelhas, estas últimas tão apertadas que nem chegam com as patas ao chão! Uma parte do barco é dedicada ao transporte de passageiros, esta sim, bem arranjada, organizada por quartos com beliches de quatro categorias distintas. Apanhamos um péssimo tempo no primeiro dia de viagem, muita chuva e vento, mas os seguintes foram óptimos dias de sol. Durante a viagem, desfrutamos dos glaciares e dos desabitados fjords patagónicos, por vezes tão estreitos, que parece que o barco não passa através deles! Desembarcamos durante uma hora em Puerto Eden, uma pequena aldeia piscatória e casa da quase extinta comunidade indígena Qawashqar.
Jogamos cartas, vimos filmes e documentários, à noite há festa, bingo patagónico, lemos, escrevemos, bebemos, entretemo-nos! Chegamos a Puerto Montt e vamos directos para Chiloe.

13-02

A ilha de Chiloe manteve-se relativamente afastada do resto do Chile, não sendo influenciada pela colonização, e consequentemente, criou a sua própria história e cultura, evidente principalmente na sua arquitectura, com 16 igrejas reconhecidas pela UNESCO!

15-02

Vamos em direcção a Buenos Aires. Aqui também nos separamos da Silvia, que vai continuar viagem com a Anna por mais umas semaninhas, até voltar para Portugal! A ideia é encontrarmo-nos todos em S. Paulo, na companhia do Nuno, e fazer uma festa de despedida!

Buenos Aires é vida, é emoção, é presunção, é elegância, é sensualidade, é movimento, é tango! Viver a parte velha da cidade, com vendas de antiguidades, música e tango de rua, é algo especial, que nos transporta nem sei para onde nem para quando, mas o certo é que nos transporta!
Esta imponente e enorme cidade é diferente, no entanto, familiar!